Tendências Globais de Adoção de Criptomoedas: Uma Visão Abrangente

Em um mundo cada vez mais digitalizado e conectado, as criptomoedas surgiram como uma força transformadora no cenário financeiro global. O que antes era considerado uma tecnologia emergente e controversa agora está ganhando aceitação e adoção em todo o mundo.

Desde grandes instituições financeiras até indivíduos comuns, cada vez mais pessoas estão reconhecendo o valor e o potencial das criptomoedas em suas vidas e na economia em geral. Neste blog, exploraremos a crescente tendência de adoção positiva de criptomoedas em todo o mundo.

A Revolução Criptográfica na Europa

A Europa se destaca como pioneira na legalização das criptomoedas, com um total de 39 países na região reconhecendo a legitimidade do Bitcoin e de outras moedas digitais. Desde nações como Espanha até Rússia, a União Europeia adotou uma abordagem holística para a indústria criptográfica. Um marco significativo nesse caminho regulatório é a implementação da Lei MiCA, que estabelece um padrão global para a harmonização das criptomoedas e marca um novo paradigma na regulamentação do setor.

Principais destaques:

A Europa lidera a legalização global com o apoio de 39 países na região. A introdução da Lei MiCA representa um marco na regulamentação das criptomoedas, estabelecendo um padrão abrangente para a indústria. A região mostra interesse crescente em uma variedade de ativos cripto, incluindo moedas de camada 1, inteligência artificial e tokens relacionados a DeFi e GameFi.

Avanços Regulatórios em Criptomoedas

Durante o ano de 2024, mais de 40 países promulgaram legislação focada em criptomoedas, com um total de 42 nações envolvidas em várias iniciativas para desenvolver regulamentações e leis nesta área. Essas ações variam desde debates parlamentares e extra-parlamentares até a aprovação de leis específicas. Essas iniciativas regulatórias e legislativas se concentram principalmente em quatro áreas-chave: regulamentação de stablecoins, conformidade com padrões de regra de viagem, licenciamento e orientação para listagem em bolsas e desenvolvimento de um quadro regulatório geral para criptomoedas.

No entanto, apenas 23 países, incluindo Japão e vários estados membros da UE, participaram de iniciativas que abrangem todas as áreas mencionadas acima. Outros países, como Índia ou Brasil, concentraram seus esforços em uma ou duas áreas específicas, mostrando atitudes mais cautelosas em relação à indústria de criptomoedas. O relatório também destaca que as regras de viagem de criptomoedas foram as mais desenvolvidas, com avanços de 40 dos 42 países analisados. Essas regulamentações exigem que os provedores de serviços de criptomoedas compartilhem informações de transações para evitar lavagem de dinheiro e outras atividades ilícitas. Em comparação, a regulamentação de stablecoins recebeu menos atenção dos países.

América Latina e Bitcoin:

No cenário emergente de adoção de criptomoedas, países como Brasil e Argentina estão surgindo como jogadores proeminentes. O Brasil atraiu investimentos que excedem US$ 150 bilhões em criptomoedas, enquanto a Argentina acumulou mais de US$ 100 bilhões neste campo. Outros países da região, como Colômbia, Venezuela, Chile e Peru, também estão experimentando um aumento significativo na adoção de criptomoedas.

No entanto, cada país aborda esse fenômeno de maneira diferente, resultando em contrastes significativos. Por exemplo, El Salvador adotou uma postura ousada ao tornar o Bitcoin curso legal, uma medida que gerou controvérsia e reações mistas em termos de aceitação e estabilidade financeira. Enquanto isso, no México, a proposta da senadora Indira Kempis para uma iniciativa similar não progrediu significativamente no Senado. A presença dominante do Bitcoin é evidente em toda a região. De acordo com dados da Statista e Finder, países como México mostram uma concentração significativa de uso de Bitcoin, atingindo 22,8%.

Países que Reconhecem Oficialmente o Bitcoin:

Em 2021, a Assembleia Nacional de El Salvador aprovou uma lei histórica legalizando o uso do Bitcoin como curso legal no país. Esta medida permitiu que cidadãos e empresas operassem com a criptomoeda de forma totalmente legal. Além disso, ainda este ano, El Salvador avançou ainda mais ao aprovar a Lei de Valores Digitais, concedendo ao Bitcoin o status de commodity digital e classificando outras criptomoedas como valores mobiliários, posicionando o país como um dos mais progressistas no campo criptográfico.

Por outro lado, a República Centro-Africana juntou-se a este grupo seleto ao declarar o Bitcoin como curso legal no ano passado. No entanto, em março deste ano, a decisão foi revertida devido aos numerosos desafios enfrentados pelo país, como disponibilidade limitada de eletricidade, acesso limitado à internet e altos níveis de pobreza. Apesar deste revés, a República Centro-Africana continua a mostrar interesse em promover o uso de Bitcoin, criptomoedas e tecnologia blockchain como ferramentas para melhorar a inclusão financeira e estimular o desenvolvimento econômico. Além disso, o país lançou sua própria moeda digital, chamada Sango Coin, e está explorando a tokenização de seus recursos naturais na blockchain.

Classificação de Países:

Os países com maior participação neste mercado emergente foram identificados:

Vietnã: 26% da população investiu em criptomoedas em algum momento, sendo o Bitcoin a escolha mais popular. Esse fenômeno é atribuído principalmente ao crescimento econômico do país e à facilidade de acesso, tornando o Vietnã um mercado atraente para empresas que operam com esses ativos.

Estados Unidos: Apesar dos desafios enfrentados pelas empresas do setor e dos avanços regulatórios, 13,22% da população dos EUA investe em criptomoedas. A acessibilidade e uma ampla variedade de ofertas são fatores-chave que contribuem para sua liderança neste ranking.

Filipinas: 13% da população do país possui criptomoedas, refletindo um interesse crescente em ativos digitais.

Índia: Com 11,5% da população tendo investido em criptomoedas em algum momento, o país experimenta uma adoção crescente desses ativos, impulsionada pela população jovem e interesse em investimentos alternativos.

Cingapura: Apesar de sua pequena população, 11% dos habitantes do país possuem criptomoedas, apoiados pelo apoio do governo à tecnologia financeira e uma postura não restritiva em relação à regulamentação desses ativos.

Ucrânia: Apesar do conflito em andamento, 10,30% da população ucraniana possui criptomoedas.

Venezuela: Com inflação significativamente alta e altos níveis de migração, 10,30% da população venezuelana adotou criptomoedas como uma forma de contornar controles cambiais.

África do Sul: 10% da população sul-africana tem experiência com criptomoedas.

Tailândia: 9,30% da população tailandesa possui criptomoedas.

Brasil: Com 8,30% da população tendo possuído criptomoedas em algum momento, a maior economia da região mostra um interesse crescente nesses ativos digitais.

Países com Isenções Fiscais para Bitcoin:

El Salvador

O primeiro país do mundo a adotar o Bitcoin como curso legal. Ele busca atrair investidores estrangeiros isentando-os de ganhos de capital ou imposto de renda sobre investimentos em criptomoedas em seu território.

Suíça

como um paraíso criptográfico na Europa, a Suíça considera transações com criptomoedas de forma semelhante a transações com moedas fiduciárias tradicionais, isentando-as de declarações fiscais.

Mônaco

Este destino preferido para grandes investidores em criptomoedas oferece serviços bancários cripto-amigáveis que permitem a venda de ativos digitais como Bitcoin sem a obrigação de declarar impostos.

Cingapura

Destacada como um hub de tecnologia financeira no Sudeste Asiático, Cingapura não possui imposto sobre ganhos de capital, beneficiando indivíduos e empresas que possuem criptomoedas.

Gibraltar

Reconhecido como um paraíso fiscal na Europa, Gibraltar não tributa ganhos de capital de investimentos em criptomoedas para indivíduos, embora imponha um imposto de 10% para empresas envolvidas em negociação de criptomoedas.

Portugal

O país não tributa negociações ou transações com criptomoedas, isentando impostos sobre renda e ganhos de capital nessas operações.

Bielorrússia

Em uma tentativa de se tornar uma economia digital baseada em criptomoedas, Belarus assinou uma lei em 2017 legalizando criptomoedas e isentando impostos sobre esses investimentos até 2023, quando a lei será revisada. Malta Conhecida como a “Ilha Blockchain”,

Malta

não exige declarações fiscais sobre ganhos de capital ou renda para investidores e empresas que possuem criptomoedas. No entanto, operações ou trocas de negociação estão sujeitas a um imposto de renda de 35%.

Andorra

Este país impõe um imposto de 10% sobre os lucros com a venda de criptomoedas, mas é favorável em comparação com outros países europeus.

Alemanha

Embora a Alemanha seja amigável às criptomoedas para investidores individuais, isentando-os do pagamento de imposto sobre ganhos de capital se mantiverem o investimento por mais de um ano e até um valor máximo de €600, as empresas estão sujeitas a imposto de renda sobre lucros com criptomoedas.

Esses países oferecem um ambiente favorável para investidores e entusiastas de criptomoedas ao não tributar ganhos de capital ou renda derivados de investimentos em ativos digitais.

Conclusão

À medida que testemunhamos a expansão global da adoção de criptomoedas, fica claro que o cenário está evoluindo rapidamente. Desde seus humildes começos, o mercado de criptomoedas amadureceu significativamente, com inúmeros países reconhecendo agora seu potencial e criando ativamente ambientes propícios para sua proliferação. Olhando para frente para 2024, essa tendência deve continuar, marcando uma jornada de progresso notável e reconhecimento generalizado.

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